quarta-feira, 1 de maio de 2013

(RE)Organização: O amor

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Quis fazer de tudo uma grande história para menino novo dormir. Não poderia. Me importo demais com tudo isso para conseguir passar uma borracha sem, ao menos, pensar em tudo sem faltar o fôlego. Daí em um ato infantil de novela mexicana, agarrei meu travesseiro como se estivesse abraçando meu coração afogado em burrices. E eu me pergunto como pude ser tão estúpida por anos. Pensei durante alguns minutos e adormeci. Acordei com a decisão mais correta, até então tomada por mim. A organização.
Entre tantas organizações que preciso em meu cotidiano, inclui a de esquecer uma pseudo historia e aderir a realidade com fatos ocorridos e comprovados. Prefiro agora recolher a minha insignificância a ter de me preocupar com uma história que não existiu e que não houve a menor dedicação da parte amada. Então, nada mais justo do que ter os dois olhos bem abertos e o coração bem limpo.
Entre tantas metas para serem cumpridas, inclui o ato de ser racional, ajudar pessoas e animais, a faculdade que venho sonhando em fazer e um coração limpo e sadio.

"Eu vou te contar que você não me conhece. E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não me ouve. A sedução me escraviza a você. Ao fim de tudo você permanece comigo mas preso ao que eu criei e não a mim.E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa. Você não tem um nome, eu tenho. Você é um rosto na multidão e eu sou o centro das atenções. 
Mas a mentira da aparência do que eu sou, e a mentira da aparência do que você é. 
Porque eu, eu não sou o meu nome, e você não é ninguém.O jogo perigoso que eu pratico aqui, ele busca chegar ao limite possível de aproximação, através da aceitação da distância e do reconhecimento dela.Entre eu e você existe a noticia que nos separa. Eu quero que você me veja nu. Eu me dispo da noticia. E a minha nudez parada te denuncia e te espelha. 

Eu me delato, tu me relatas. Eu nos acuso e confesso por nós. Assim me livro das palavras. Com as quais você me veste." - Obrigada, senhores.


Sobre a escritora:
             Alyne Araújo tem 19 anos, é universitária, ama cachorrinhos, odeia ser indecisa e achava que o mundo era pequeno e cabia na palma da mão, mas percebeu que nada é tão fácil como parece e nada sente tanto como nada. Viajou.

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